segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Nada como te olhar dormir...
Nada como te ver partir...
Nada como os teus olhos a me fitar de forma sorrateira...
Nada como tua partida;  tão incomparável quanto o teu regresso.

A cada fragmento de minh'alma
A cada renovo encontrado em teus beijos.
A cada toque.
A cada gesto.
A cada incerto; tão incomparável quanto a certeza de estar em teus braços a cada dia.
Mas... Se todas as memórias me faltassem?
Mas... Se a loucura me tomasse? 
Mas... Se por uma insensatez do destino não pudesse mais ter contigo?
Mas...

Então, gravado no firmamento do tempo se fez nossa história
gravada em matéria e antimatéria,
em som e silêncio.
E quando tudo nada mais for, ainda seremos.
E quando o fim se tornar começo novamente estaremos.
E a história se lembrará de nós não como dois, mas apenas um, 
assim como somos e seremos.

William Junior 

sábado, 5 de setembro de 2015


Corres em dorso de pedra.
Será que as águas deste rio esvaziam algum lugar?
Ou será que enchem o mar?

As tempestades desaguam monte afora.
irrigam pedras ou apenas destroem muros?

Meus muros se foram em cada tempestade.
E as águas que encheram meus olhos também já partiram.
Findaram  além mar.
Me lembraram de sabores amargos e secaram.

Enquanto febriu retomo meu posto de pedra,
meu coração de carne ainda quer desaguar...

Anjo Negro