Me afogo em desejo,
Queimo feito brasa até ser pó.
Me junto à terra de meus pés,
sou oferenda que retorna à casa.
À Mãe me junto, aos irmãos me reúno.
Minhas cinzas, alimentarão os semelhantes e cobrirão os inválidos.
Minhas canções mortas ecoarão aos ouvidos surdos, em bocas mudas.
Então, a vencer do Tempo, retorno ao ciclo.
Sou céu e ar, chuva e pranto.
Renasço em tempestade, povoo o ser.
Caminho trôpega, em meio ao mundo, ao reabrir os olhos.
T. Alves