sexta-feira, 22 de julho de 2016

Seja como for.
As asas do pássaro que canta; por frio, fome ou dor.
Seja como for.
As patas do pássaro que engaiolado; já não toca mais o chão.
Seja como for.
Às penas gastas do pássaro velho que olhou para o céu; sem esperança de voar.
Seja como for; o pássaro.
Seja como for o passado.
Pássaros são sempre pássaros.
O que muda são os olhos...
Os olhos que vêem...
As grades que te prendem ou o céu a sua frente.
Mas pássaros sempre serão pássaros.

William Junior