quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

À Morpheu, meu amado


Se pudesse eu tornar meus devaneios reais enfrentaria as sombras e voaria ao teu  encontro.
Beijaria teus lábios até que os meus por fim queimassem
Esqueceria minhas chagas no calor de teus braços
Contemplaria os nasceres do sol e a revoada dos pássaros ao teu lado e viveria...
Que viesse o fim ou o recomeço, saciada minha alma de ti, meu coração de amor, enfim seríamos um.

Anjo Negro

 

terça-feira, 17 de novembro de 2015


Se a vida fosse um poema, o declamaria lentamente
Para que até o ínfimo sentimento se tornasse flor e brotasse.
Se a vida fosse um poema, longas estrofes teria
Para que até a última primavera fosse inesquecível
Se a vida fosse poema, seria belo co a canção dos pássaros
Para que toda manhã se desperte o amor ao raiar de um novo dia
Se a vida fosse um poema, que ao seu fim se tornasse prosa, carta ou canção
Para que ao fim de cada houvesse um recomeço infinito.

T. Alves

sábado, 24 de outubro de 2015

Uma flor para a dama
De belos olhos como esmeraldas.
Era como uma montanha antiga, já  com os sulcos e erosões devidos pelas tempestades.

Uma rosa a dama
Mãe e mulher.
Era como coruja, sábia e ágil.

Uma flor a dama
Ainda me lembro de seu colo.
Eram seus abraços quentes ,  como raios de sol.

Uma rosa a dama
De coração nobre e amor infinito.
Sempre tive o seu perdão.

Todas as flores a dama...

Por toda saudade e amor que sinto
Nos veremos no fim das Primaveras.

Anjo Negro

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sábado, 17 de outubro de 2015


Beijou-me ele, cada marca e cicatriz  
Cada pedaço meu
Beijou-me ele tão leve e doce como o vento fresco da manhã.  
Outrora beijou-me como tempestade
Fervoroso e apaixonado.  
Nas noites frias aqueceu-me com teu mel,
 Nas quentes nos incendiamos.


Anjo Negro

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Nada como te olhar dormir...
Nada como te ver partir...
Nada como os teus olhos a me fitar de forma sorrateira...
Nada como tua partida;  tão incomparável quanto o teu regresso.

A cada fragmento de minh'alma
A cada renovo encontrado em teus beijos.
A cada toque.
A cada gesto.
A cada incerto; tão incomparável quanto a certeza de estar em teus braços a cada dia.
Mas... Se todas as memórias me faltassem?
Mas... Se a loucura me tomasse? 
Mas... Se por uma insensatez do destino não pudesse mais ter contigo?
Mas...

Então, gravado no firmamento do tempo se fez nossa história
gravada em matéria e antimatéria,
em som e silêncio.
E quando tudo nada mais for, ainda seremos.
E quando o fim se tornar começo novamente estaremos.
E a história se lembrará de nós não como dois, mas apenas um, 
assim como somos e seremos.

William Junior 

sábado, 5 de setembro de 2015


Corres em dorso de pedra.
Será que as águas deste rio esvaziam algum lugar?
Ou será que enchem o mar?

As tempestades desaguam monte afora.
irrigam pedras ou apenas destroem muros?

Meus muros se foram em cada tempestade.
E as águas que encheram meus olhos também já partiram.
Findaram  além mar.
Me lembraram de sabores amargos e secaram.

Enquanto febriu retomo meu posto de pedra,
meu coração de carne ainda quer desaguar...

Anjo Negro 



sexta-feira, 14 de agosto de 2015


Eu te amei ontem
na verdade não pude evitar, teus olhos me cativaram e não tive escolha a não ser mergulhar em ti.

Eu te amo hoje
mais profundamente, porém, desta vez vi teu sorriso se abrir, então me vi feliz.

Me embriaguei assim todos os dias...

 Enfim, lhe amarei amanhã?

Ao tempo pertence os dias,as noites, o futuro.
Sejamos o hoje, me ame agora baby
amanhã - Deus sabe - lhe amarei.


Autor: Anjo Negro 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015


As noites são sempre maiores que os dias.

As noites são calorosamente frias. Enquanto os dias abrasadores me repelem em infinitos ciclos.

Eu sem hábitos, ou sono me cerco de pensamentos que irão além de mim pela manhã.

Se o tempo que se esvai se acumula em algum lugar; não sei. Mas que este me seja de mais valia que aquele que desperdicei ações vazias. 
Que sejam de mais valia aqueles que compreenderem meus pensamentos banais.


Autor: William Junior


quarta-feira, 29 de julho de 2015


Em muitos dias a falta de algo lhe seguia. 
Talvez aquele sentimento de raiva e culpa jamais iriam embora. Raiva, tristeza, decepção... Tanta coisa havia acontecido e muito já havia mudado, inclusive a si própria.
Sonhara vezes com céus multicoloridos e finais felizes;
sonhar já não era mais o suficiente, e havia a infinidade de porquês.
Não aceitava os fins justificando os meios.
Não se amava.
Casca vazia, vagava...
Aonde iria? Pergunte ao Tempo, ela não saberia dizer.

Autor: Anjo Negro

 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Devaneio do Poeta

 Os espíritos do passado tendem a me visitar, as lembranças de vidas mal vividas ainda atormentam meus sonhos noturnos, as lágrimas das mães ainda molham o solo sagrado em que plantei minha dor.
Os velhos novos sábios, nada sabem sobre min. 

Os novos trovadores não falaram nada a meu respeito; não a nada a dizer.
Seria eu vítima da loucura de psique? Ou da obstinação de Jasão?

Meu nome é ninguém. Qual seria o seu?
Hoje nem a lágrima da aranha purificou meus sonhos em seu prisma. A loucura e somente mais uma das filhas da noite. Sem coerência ou sentido.
Queria eu não ter as marcas de tantas vidas, queria eu não ter tantos fantasmas para carregar. Mas as noites findam, e os dias frios não tem aquecido minha alma. 

Mas os dias passam, e não irá demorar o alvorecer de uma nova era...

Autor: William Junior

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Carta a Dama

Divino sol tu me lembra àquela Dama
Teu calor me aquece, 
tua luz me ilumina
e teu pôr se assemelha a partida dela.

Ai que saudades da bela dama!

Teu amor, teu cheiroteu vigorme enaltece!
E agora já caído de amor aos teus pés me vejo
Sou devorado por paixão e desejo.

Mais um devaneio, mais uma carta.
Mais um dia mais uma prece,
Criador, suplico-lhe,dê-me aquela flor
Que ao meu lado ela floresça
( e permaneça ).

Amada minha,
A ti darei o que provém da terra,
Dos céus as estrelas,
E do peito meu todas as certezas, todo amor.

Autor: Anjo Negro

terça-feira, 23 de junho de 2015

A Carta ( a Ele)


Nem sempre lhe vejo, por vezes esqueço-me de ti.
Perdoa-me, sabes tu que não é por vontade minha, sabes também que o mundo alucina-me constantemente.
Eu fui de encontro a ti e cego, não o vi. Mas me vistes...
Eu sou um tolo sonhador, confesso que ainda persisto. Tu me  ensinastes, lembra?
Perdão, saber que sempre estarás aqui consola-me e torna-me inconsequente (sempre), entretanto, obrigado.
Eu te amo.
Autor: Anjo Negro



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Eu sou o Tempo

Eu vi estrelas iluminarem a noite, guiarem homens, refletirem olhares.

Eu vi o céu se estender sobre nós, teu manto colorido bailara em minha mente ébria.

Eu vi o mar revolto e calmo;  os homens crescerem e se perderem; as montanhas virarem areia.

Eu vi a vida e a morte.

Eu sou o Tempo...

Autor: Anjo Negro

quarta-feira, 27 de maio de 2015


Noites quentes amado.
Sinto teu bafor sobre minha pele nua.
(Frenesi)
Dancemos; ora em passos rápidos, ora vagarosos,
dancemos a música de nossos corações.
(Uníssono)
Enquanto a noite quente se esvai,
teu sabor me entorpece,
embriago-me a cada passo, querido, a cada dança.
Duas almas em regalo.
Uma noite não é o bastante para que eu lhe ame.


Autor: Anjo Negro


segunda-feira, 18 de maio de 2015


Me vi em teus braços numa manhã.
Minto, eu desejei teus braços naquela manhã
Teu abraço me aqueceria
Teu bafor assim ao pé de minha orelha me inebriaria.
Mas apenas sonhei, com o amor que eu ganharia um dia.

Autor: Anjo Negro


Já era tarde demais para chorar.
Cedo demais para dizer que o fim era próximo.
As palavras duras me bateram pesadas como as asas que me foram retiradas. O alforje pesado que carrego nada é capaz de criar. O alaúde sem cordas nada mais é que um amuleto guardado de tempos antigos.
As liras doces que entoava hoje em minha mente parecem ditas por outro. Exceto aquelas que disse a você.
As árvores observadas outrora hoje se preparam para o inverno, não se parecem com as mesmas da primavera que não tardou em findar... Ela aconteceu a quanto tempo mesmo?
Olhos famintos tão familiares me vêem da escuridão. Afaga o cão que não tardará ao final da hora em morder a minha mão.
Monstros imaginários voam das sombras com carne e ossos.
Mas já era tarde demais para chorar.
Cedo de mais para dizer que o fim era próximo.

Autor: William Junior

domingo, 17 de maio de 2015

O frio assola as janelas e as paredes da casa vibram violentamente.
As ordas que nos cercam cederam aos braços fortes do vento e o inverno os consumirá. Mas o que seremos ao final desta guerra?

Corpos e mais corpos. Desolados, destruídos, sem destino. A vida se foi em meros estouros.
Eu tive medo, eu tenho medo.
Quando virá o sol quente e a brisa fresca primaveril?

Ao final da dor, da loucura e do desespero, corpos são apenas corpos se a alma já se foi ainda que em vida.
Também tenho medo, por mim e por ti. Tenho medo que minha lucidez se vá antes do fim do inverno. Tenho medo de não ser o bastante para nos suprir. A casa já tão frágil talvez não resista a um ataque.

O inverno é feroz e somos frágeis. Ainda temos o fogo dentro de nós.  Mesmo que o teu se apague haverá o meu.
Ataques haverão e se o teto ruir, faremos outro.
A tua loucura me é lucidez

Me abrigo em ti nas piores noites. A mim que me supus forte, me contemplar em pequenos reflexos no meio da tempestade...
O vento mais forte arranca tua carne. Mas a mais fraca corta mais profundo que qualquer coisa.
Quantas e quantas vezes teremos que reconstruir este telhado minha amada?

Talvez após todo inverno. Talvez sempre ajam recomeços. Talvez sempre seremos soldados. Mas eu fui feliz em cada batalha.
Eu vejo a luz em sua escuridão.

Eu sou feliz ao teu lado. E por isso eu luto.
Eu vejo luz em tua escuridão.

Autores: William Junior e Anjo Negro

domingo, 3 de maio de 2015

Eu vi um violeiro no alto do monte.
Ele tocava.
Eu vi sua alma se esvair em cada nota, e em cada uma ele se renovava.
Eu vi uma moça à beira dum rio, e mesmo ao longe ouvia o violeiro.
Eu vi sua alma alegre em cada canção.
Eu vi duas figuras ao alto dos céus,
Elas bailavam entre as nuvens, entre a revoada dos pássaros, alegres.
Eu vi duas almas bailando ao alto dos céus, ao som do violeiro.

Autor: Anjo Negro

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Me aqueço no teu olhar, teu corpo em chamas. Num bailar trépido, dançamos à noite, madrugadas a fio.
Bailarinos do amor se amavam.
E num deslumbre me afoguei em ti.
Correm de nós rios, testemunhas de nossa paixão.
Ama-me meu senhor infinitamente como aquela estrela, amar-te-ei como a eterna Lua.

Autor: Anjo Negro

sábado, 18 de abril de 2015

Sonhos e vinho
colorindo uma noite, embriagando a carne.
Minha mente sã atormentada.
Minha alma embriagada, de afãs solitários, talvez sórdidos, bailando a minha frente...
Delírios torpes. Doces delírios...
Tenho enchido taças demais procurando preencher meu vazio.

Autor: Anjo Negro

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ainda espero o dia que seremos reis
No nosso castelo nada mais que felidade,
alguns luares, pôres do sol, e muito amor.
Diga-me plebeu, queres ser meu rei?

Autor: Anjo Negro

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Mais uma ao poeta

Eu que estive há tempos, perdido em eras encontrei-me à sombra teu olhar. 
Naqueles dias, ao cair das tardes vi mundos refletidos em teus olhos.
 Me vi em teus mundos.
Que graça linda criatura,dádiva minha ter-te assim em meus braços, é divina.
Amo-te até o mais profundo do meu ser, ama-me também até além de ti.

Autor : Anjo Negro

sexta-feira, 27 de março de 2015

O Cravo e a Rosa


Amor entrelaçado, em espinhos e prosas.
Vi o amor desbrochar, - disse o Tempo - e o ódio surgir.
Vi o correr da vida e uma (des)união inseparável.
Vi uma nova vida nascer e ser cuidada.
Vi Cravo e Rosa amar a nova flor enquanto em si crescia raiva.
Um dia, após tantos mil, desfaleceu-se Rosa,
Triste e magoada.
Cravo então percebeu que jamais a odiara.
Cravo apenas não sabia como amar.
Rosa não sabia que era amada...
Triste fim, porém, dum amor dividido, ainda restara pequena Flor. E eu disse a Cravo:
- Mais uma chance...

Autor: Anjo Negro

quinta-feira, 26 de março de 2015

Fogos em centelhas respingam em meu rosto; ou seriam as minhas próprias lagrimas a me queimar?

As palavras ásperas que passam em minha garganta após tanto tempo sem nada a dizer me revelam uma voz que já não mais conheço.

E os altares que um dia fiz se provaram vazios. O tempo o passa e nos mostra tolos e sem valor.

Dias melhores vem e vão mas as palavras ficam.

O mundo que um dia me acolheu hoje me vê como uma piada que por ironia também aprendi a rir.

De que me valeram altares vazios? As velas se queimam e as lágrimas não param. Tributos mortais.

O mundo em brasa se desfez e ao final de um novo dia. As palavras de ordem em meio ao meu caos brilharam em um novo armageddon. "carppen dye"

Autor: William Junior


quarta-feira, 25 de março de 2015

Tragos

O tempo traga o tempo como um cigarro vagabundo.
Outrem como um charuto caro. Quanto tempo faz que o tempo enrola o tempo?
Há tempos me perco em vans filosofias.

Autor: Anjo Negro

Belas Vistas

Eu vi pássaros sobrevoando os céus, acompanhando o vento como se quisessem me dizer: Ei! Eu posso te ver daqui de cima.
Eu vi as nuvens se fecharem e formarem figuras. Vento menino parecia brincar nos altos,acho que se divertia.
Eu vi um céu multicor no fim da tarde, o Criador pintou cada detalhe, o deslumbre me encheu os olhos.
Eu vi a vida passar diante de mim, ali sentada na varanda, e soube que ela me esperava quando disse calmamente:
-Vamos!
Autor: Anjo Negro


quinta-feira, 19 de março de 2015

Teorias de um sonho perfeito


Eu e você
A beira mar
Nus...
Das tolices dos homens,
Das preocupações cotidianas,
Do amanhã...
Banhados em luz, sol, água, mar, sereno
Teu rosto calmo e sonolento, mas alegre, contando casos.
Cultivemos amor, meu amado,
Aqui do teu lado vejo teus olhos felizes.
(Amo-te além de mim)
Transsemos a vida com flores e notas das canções apaixonadas, façamos amor e sejamos um
Até o próximo sonho...

Autor: Anjo Negro

quarta-feira, 18 de março de 2015

Nominal 2 tempos

Puro expurgo visceral.
De minhas tripas devolvo ao mundo em pura forma natural.
Tuas palavras amplas em meus pensamentos;  completamente banal.

Intoxicação mental.
Os dejetos de tua mente espalhando-se e se tornando plural.
A ignorância, a rebelia provando-se natural.

Entrego a quem ler um fragmento dos meus pensamentos.
Revolta se acumula, e pra que elas não se acumulem em mim as solto no ar.
Como pode um país tão lindo cultivar a ignorância?
Abro mão da rima pra não perder a esperança.

Que volte os tempos de Renato e Raul. Os tempos de Rita mas que fique Gadú...
É... talvez nem tudo seja perdido.

"Como vovô dizia: oque seria do preto se todos gostassem do azul?"

Se ainda há esperança entrego meu corpo em uma roda de samba. E se a nega me acompanhar talvez se ache até um tango para se dançar.

Mas que o mundo não diga que tive esperança até a noite acabar.
             
             Autor: William Júnior

terça-feira, 17 de março de 2015

Apenas uma carta

Me sentei à porta como de costume. Sempre me pego vendo as estrelas. A escuridão sempre me cativa, me lembra mistérios, aqueles ocultos nos céus e nos teus olhos.
Olho o relógio, ainda faltam algumas horas. O sono algumas vezes me perturba mas sempre o ignoro, tenho que ficar acordada.
Os dias são tão longos, é tudo tão entediante; horas e horas massantes.
Acho que briguei com o relógio, já o vi três vezes e só passaram alguns minutos.
Eu me sinto sozinha, não vejo muito além de um belo horizonte a minha frente e algumas constelações acima de mim. Já viu a Lua hoje? Está linda, como sempre. A invejo grandemente, seu brilho lhe cobre por mais tempo que eu o tenho.
Me desculpe, ainda não me acostumei a falar e tenho menos vergonha no papel; mas apenas queria dizer que sinto sua falta, as vezes é difícil adimitir mas não me pergunte porquê.
Fico sempre pensando em minhas vans filosofias; enquanto no relógio só se passaram alguns minutos...

Autor: Anjo Negro

terça-feira, 10 de março de 2015

Ouro Preto

Primavera...
Teus olhos febris me vendo entre flores, andávamos a par do mundo, correndo por caminhos tortuosos.
Tua boca seguiu a minha e numa tarde quente senti teu gosto... Bom gosto, me despir de medo e mergulhar de cabeça em ti.
Joguei cartas, me embriaguei de amor e descobri em ti algo novo, vida.
Num dia de chuva em ladeiras andávamos amando acasos.
-Que tal um chocolate quente? Aquecemos a alma, o corpo em ébrio. Frenesi...

Já amou teu amor na chuva? É divino....

Autor: Anjo Negro

Passa Tempo


Março já chegou; tão cedo esse ano!

Como ontem me lembro de abril... Poxa! Já faz um ano.

Que ano esse, as brisas do outono já agitam a janela. E eu que ainda espero de longa data as chuvas de verão.

Eu que sorri e chorei. Eu que penosamente à vi chorar. Abril já me laça o dedo em uma promessa que antecipei em fazer.

Que os anos nos sejam promissores.
Somos frutos do verão e o inverno vem vindo, ainda temos de aprender; a viver.
Mas os bons frutos, não tardam em florecer.

Nesta nossa história, eu sei; que ainda há muitos e muitos dias para se viver.
       

             Autor: William Júnior

terça-feira, 3 de março de 2015

Interlúdio

Clama aos céus tempo a ordinária maestrina. Senhora dos dias...
Purgatório de minha alma...
Espurga as chamas da ira, acalenta a dor.

Os dias gigantes que se seguem findarão ao nascer de novos tempos.

Marcos poéticos são interlúdios, pequenas pausas para o café.

Livros da morte contam suas próprias histórias, eu em retrocesso falo de tempos de vida; não os quê vejo. Os que sonho.

Maestria divina em perfeita regência, orquestrando planos confabulosos entre astros reis dos quais nada tenho haver.

Assisto como espectador forçado a me sentar na primeira cadeira de minha própria vida.
Atuando apenas; em interlúdios, do tempo, do vento.
Calmamente me levanto, me espreguiço e de novo me acento.

..."O show não é meu"...
                         
Autor: William Júnior

Cotidiano

Acordei cedo e olhei para ti.
Meu cérebro desacostumado pensou em sorrir.
Me lembrei que já era sábado; fiquei desanimado.
Tinha de sair.
Fui trabalhar e ouvi... Uma de nossas músicas tocava no rádio.
Não me contive, sorri.
Cheguei ao trabalho e vi, uma multidão a me esperar.
Fechei meu semblante não há nada, para  quê olhar?
Voltei ao fone, talvez ele possa me animar.
Não tem voz Brasil.
A assim ninguém resiste, acabei de lembrar que hoje não tem Graffite.
Que vontade de partir, fugir; olhei pro relógio,
faltam horas pra sair daqui.

Autor: William Júnior

Acaso Poético

Cético ao universo, com ele converso:
..."-quais foram os dias em que nunca me esquecerei?
Fala de mim como se eu não estivesse mais aqui. Minha existência mesmo passageira deveria ser lembrada.
-Quem és tu pequena criatura? Tantos já viveram e tantos pereceram. O que tens de especial? Nesta terra que habitas, feras caminharam com o dobro, o triplo de seu tamanho e hoje nada representam além de uma marca nos tecidos do tempo.
-Qual o sentido da vida no meio disso tudo? Os amores?
-Não, as lágrimas.
Choraste ao nascer, verteram de ti lágrimas de alegria e de dor, de ódio e de amor, a cada perca, a cada partida, a cada regresso, aprendeu com as lágrimas silenciosas e as balbuciadas aquilo que as palavras não foram capazes de ensinar.
- Então é isso! Vivemos e pronto? E ponto? Somos o acaso vivo? Tecido e escrito, sem propósito. De que me serve? Pra quê tanta busca?
- Se vive, é capaz de criar, tudo, em determinado ponto tem um fim, mas se fores capaz de alterar teu próprio ser. Mudará também teu mundo; e se o fizeres talvez seja lembrado. Talvez tu seja amado. Talvez... Tua pequena existência mortal e terrena, efêmera e ímpar não seja esquecida e no momento de tua morte lhe ocorra que teve uma vida bem vivida"...

Autor: William Júnior

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Árido

Árido
Seco como areia, deserto em construção.
Corações aos saltos, dispersos de emoção.
Sim senhor, não senhor, educação fria extinto contido hierarquia dissimulada. 
Meu sorriso frio não prova nada.
Tão seco como as areias do mais morto deserto meu coração indigesto, que nele planto rosas para velo florescer.
E que na irônica vida o deixei livre para você; o faças como queira.
Viva ou deixe morrer.


Autor : William Junior

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Começo do fim

Essa nossa diferença
Já não faz nenhum sentido
Melhor do que nos machucar
É voltar as nos olharmos
Com aquele olhar de amigo.
Se é no que acreditas de alguma forma há razão,
ouvi um dia que o amor não morre apenas se transforma.
Mas não acredito na forma
Acho que nem há mais conteúdo
Queria explorar um novo mundo
Em que pudesse ter-te a minha frente
Sem ter que ouvir teus absurdos.
Me calaria se conviesse, até mudaria o discurso mas vá atrás de teu sonho corra em busca do mundo.

Autor: Anderson Shon e Anjo Negro

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ao sonho

Bem vindo, me leve a lugares onde nunca fui e me traga aqueles que não posso ter.

Eis me aqui, ferramenta que sou, te levo em vôo completo a um mundo incrível.

Onde iremos? Há mundo além deste que me sufoca?

A imaginação dará o limite, tudo é possível.

Limites... Possibilidades.... Quem serei em um vasto mundo desconhecido?

Como disse jovem, o limite é infinito. Podes produzir tudo ao inverso do que vive.

Me digas tu, que levas homens e seres ao teu universo. Tu sonhas? Ou vive de sonhos?

Me alimento da esperança, vivo do amor.  E tenho um inimigo que se chama pesadelo.

Pensei que fossem um só. Que de mesma carne partilhassem. Como o bem e o mal dentro dos homens.

Percebo que desconhece o cerne humano, o bem e mal são dois lobos, sobrevivendo o que é mais alimentado.

Desconheço então tal analogia. E não é por saber da vida que lhe chamei.

Sinto te dizer, a vida te ensinará mais do que eu, mas em meu regalo te darei descanso.

Que por fim sejas...

Então apenas deite e adormeça.

Autores: Anjo Negro e Cleiton C.C.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ao sonho...

Eu quis banhar-me em ti, no teu suor para que me aquececes naquela noite fria. Teus beijos acalorados e teu corpo sobre mim. 
Loucura... seria mentir sobre como vejo teus olhos naquela escura imensidão.
Como posso despir-me de pudor de tal modo a nos saciar?
Não é só carne nem só calor, desejo de alma e coração em fogo.
Unirmos a nós também em presença para que sejamos enfim um amor completo.

Autor : Anjo Negro

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Aceitação?

Estou meio emputecido com o ser humano.

Porque senhor?

Falta de compaixão humana.

Me parece que o coração do homem tem nascido enegrecido. Ou talvez por ventura sua alma se corrompa ao longo da vida

A segunda opção...

Sim, continue. No que acreditas?

Ego, poder...

E o que tem movido a ti? A nós?
Diga me por quê tanto desejo? O que querem afinal?

Nada justificavel, ficam cegos e pisam, humilham aqueles que se subordinam a eles.
Tenho vontade de chorar, sou muito sensível, só consigo escrever depois que conseguir vencer essa angústia.

Homens são subordinados de si mesmos; de seus desejos estúpidos são escravos.
Cure tua angústia. Mas não se esqueça, há salvação para toda alma que não se corrompe.

Eu sei disso, a minha dor é por ver o sofrimento dos pisados, que são ingênuos na maioria das vezes.

Acredito que ninguém é ingênuo.  Apenas tem medo. O pior da alma é
o medo e a maldade. Almas corrompidas caçam almas amedrontadas. Só o medo te impede de viver.

Autores: Cleiton C.C e Anjo Negro

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lágrimas de Silêncio

Quando nasceu não foi amada. Quando chorou só foi alimentada para não morrer. Logo cedo entendeu que a vida não é para os fracos, e decidiu achar uma forma de viver. Não conhecia o jeito certo.
Mas quem conhece o certo quando cresce no inferno?
Tão nova e não conhece o que é infância mas no seu ventre hoje já cresce o que ela chama de esperança.
Na TV vê lares contados em histórias, sonha com o dia em que terá também o seu. Seria possível tal criatura desgraçada ver no amanhecer felicidade mesmo que para o amor que cresce em si?
Deixou para trás o seu passado doloroso, sonhos e planos surgiram, ser finalmente o que sempre quis ter, transformando toda a dor em vontade de viver, imaginar na semente plantada, na terra que fora desprezada os frutos do amanhã colher,  e eis que a vida se fez bonita no seu sonho. Uma brincadeira de boneca, casinha e cuidados, roupinhas e compromisso,  só que nada de faz de conta, o Amor é pra valer.

Autores : William Junior, Anjo Negro e Cleiton C.C.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Á Ninfa

Eu te visitaria se possível vinte e cinco horas por dia,
te beijaria até a seiva de meus lábios secar.
Traria um pedaço da nuvem para ti, e diria que é algodão doce.
Eu gosto de me vestir com a tua pele, com a tua naturalidade, gosto de ver-te ao som de teus cânticos costumeiros, teus encantos incontestáveis.
Eu gostaria de ser o deus do teu sono, por toda a eternidade...

Autor: P. Mansur

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Eu me lembro...

Eu me lembro das colinas verdes  e do céu anil, do luar aconchegante e do nascer do sol.

(Leve me pra casa...)

Eu me lembro do cheiro do orvalho e do café quente.
Lembro-me sempre da chuva e daquelas crianças pulando poças.

Ó Tempo, leve-me pra casa.
Pra junto dos meus. Meu lar é onde quero estar.

Lembro-me daqueles olhos, onde brilham constelações. Onde fiz meu mundo melhor.
Lembro-me daquela voz, minha lira dos ventos, daquele perfume (ainda em mim).
Memórias póstumas corriqueiras...

Tempo, tempo, tempo...
Porque me negas aquela boca? Aquela alma?

Mesmo que se findam meus dias irei por fim feliz, já pude encher meu coração de ti e em outro lugar terei aquele amor ainda comigo.

Autor: Anjo Negro

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Projeções do Tempo

  Um plebeu todas as manhãs e todas as tardes olhava para o céu e via a estrela da manhã; ele que crescera aprendendo a não sonhar e a nada querer olhava a estrela sem sonho ou esperança.  Mas em seu coração havia a beleza de um homem livre.
  A estrela tão longe e fria de rara pureza e estrema beleza via o homem tão solitário quanto ela que se apaixonou por ele.
Ela por amor se desprendeu do céu e veio a terra...
A queda foi dura, brusca e quase a matou; mas ela era forte e lutou pela vida.
  A terra tão grande os separou...
  O homem que já não possuia nada perdeu também sua estrela. Já não mais olhava pro céu e nem nada mais amava, os dias o consumiram assim como à estrela; corações e almas maculadas que se perderam.
  Ao longo do tempo esqueceram um do outro.
  Tomaram a mesma estrada de lados opostos... e em um ponto central se encontraram e se apaixonaram não por projeções feitas a distância mas por corações moldados nas mesmas provações.

                          Autor: Willian Junior

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

À doce rosa

Um mar de rosas lembram-me teu perfume e uma despedida que nunca houve.
Lembro-me de cada dia e por fim de cada falta. Perdoa-me se deixei o mundo cegar minha vista diante de ti. Perdoa-me se me impus contra o teu amor.

Perdoa-me pois não fui digna de ti. Há presentes divinos que só compreendemos quando os céus os tomam de volta...

Meu rosto arde com as lágrimas que não derramei àquele tempo, na verdade eu não sabia como agir; e me escondi daquilo que eu mais amava...

Me enchi de vergonha e medo. Eu não teria mais a bela rosa, nem mais teu doce cheiro me confortaria. 

Entendo hoje teu pranto que por mim derramastes , pois se tornora meu...
Enfim me veio o martirio, saber que o amor que me davas e eu, tão tola ignorava se tornou o vazio que me preenche.

Autor:Anjo Negro