terça-feira, 15 de novembro de 2022

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Eu vi tudo desmoronar

Busquei colar os cacos, mas é em vão

Não existem contos de fadas

Da minha janela só veio tragédias

Tão claro, tão limpo e ainda enxergo embaçado

Minha maior parte é pútrida, bolorenta

Anseio pelo silêncio, mas ouço gritos exasperados

Lanço espinhos e me corto em águas

Meu ego me devora

Caminho baldada, trôpega, vazia,

 amofinada.


T. Alves