29 setembro 2025

25

Criatura pérfida e cruel.

Eu vejo sua alma e sua sujeira .

Suas mentiras e sua falsidade.

Duas caras, dissimulada, cobra.

Eu enxergo sua podridão.


Bela encantadora, musa da doçura,

És alento às dores.

És a cura das feridas de minh’alma.

Não vejo meu caminho sem tua luz.


Entregou-me ao carrasco do inferno, soberba és.

Deu-me aos lobos.

Deixou-me apodrecer, do âmago à tez.

A doença que corrói meu ser, é de teu veneno.

Maldita, miserável.


És tu anjo ou deusa, para me elevar aos céus?

Tens meu coração, meu fiel amor.

Todas as canções que ouço, me lembram de ti.

Em todas as cores, encontro em teu olhar.

Toda felicidade é contigo.


Vadia, consorte, víbora, amada!

Bruxa desprezível, Dama encantadora!


…Mulher…


T.Alves




16 setembro 2025

24

Quebrada.

Vozes anunciam e clamam,

Enquanto, entorpecida, rejeito minhas asas.

Invejo a liberdade dos pássaros e seu curto prazo,

Ora ávidos, dançam aos ventos,

Ora descuidados, são devorados por outrem.


Sou bailarina.

Rodopio.

Ora em chamas, ora em lagos congelados.

Vislumbro sombras e lucidez,

Negocio com desconhecidos da plateia,

E desvaneço ao alcançar a perfeição.

A contraponto, holofotes me alcançam nas quedas e erros.

A coreografia contemporânea da vida, torta e mal feita,

Retira burburinhos e gracejos de espectadores sedentos.

Cubro o palco de sangue e lágrimas, então, aplausos.


Bem vindos ao espetáculo!


Bis! Bis! Bis!


Dê mais corda, gire, e toque novamente,

A caixinha está desgastando, mas este é seu brinquedo favorito!

Reabram as cortinas, estendam a lona!

Encharque o palco!

Todos aclamam sua queda.


T. Alves