Não deveria, mas ainda importo-me.
Ou seria mera curiosidade?
Como me pintas hoje?
Quais aquarelas usa ao descrever-me?
Talvez, com os olhos de rapina,
Ou quem sabe, os fechastes demasiado.
Como poderias ver vendado e encoberto pelas lamúrias e
dores?
Pelas verdades que ouviras tu, de outras bocas,
Ou a tua mesma tem dito aquilo que queres acreditar?
Pois, não saberia eu dizer-te, não enxergo ou penso como
ontem.
Tenho me sentado à mesa com o Tempo,
Aguardando que sua medicina ponha efeito às feridas.
A vida me contou uma vez, que se diverte com os humanos
Mesmo tendo-a em mãos, como um jarro cheio de água fresca,
escolhemos turvá-la ou derramá-la.
Pergunto-me, todos os dias, o que tenho feito de meu jarro?
Perguntastes a ti, o que tem feito do teu?
T.Alves
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