09 janeiro 2014

Devaneio à madrugada


A noite está linda! 
Diga-me Anjo Negro, que pensas ao ver tal grandiosidade?
Vejo que os céus não vêem limites para tanta formosura,
a escuridão da noite é bela,
 para os olhos de quem verdadeiramente a vê e a sente.
Poucos olhos ainda são capazes de ver, menos ainda de admirar.
Contemple com os olhos de quem viu o que poucos viram,
 e se admire com o que poucos se admiraram.
Talvez aí esteja a liberdade que tantos procuraram e anseiam,
 em parar o tempo e observar as belezas da escuridão.
Vamos parar o tempo,Anjo? E que o tempo seja eterno...

Autores: Anjo Negro e Willian Junior


06 janeiro 2014


Beijar-te-ei amado meu
durante a madrugada escura,
cantarei aos teus ouvidos versos
afim de que se queime a pele;
abra seus olhos, sinta-me, estou aqui
entregue aos anseios teus 
em ébrio de doce desejo.
O amor é fugaz baby,
e a paixão é escaldante,
veja como é fácil perder-se
abaixo dos olhares da Lua.
Teu hálito  é fresco,
teu corpo em regalo dum 
crescente gozo...
A tempestade se acalma
ao fim da madrugada fria
onde o adormecer é findo.

Autor: Anjo Negro




27 dezembro 2013


Abra seus olhos
Não se perca
As trevas desejam lhe
Elas devoram lhe
Teu peito amargo lhe dói intensamente
Teus fantasmas atormentam lhe
Serei eu, teu doce sacrifício, baby
Aqui estou, venhas
Curar-te-ei do ódio
Enxugar-lhe-ei as lágrimas.
A chuva fria se foi, lavou lhe a alma...
Veja: os corvos cantam lá fora
Não chores baby
Por favor não chores
A tua pureza fascina me
Como o nascer do sol dia-pós-dia
Como o arco da esperança após a tempestade
O mundo é belo baby, apenas
Abra seus olhos

Autor: Anjo Negro



23 dezembro 2013

Sonho a Ninfa


Doces sonhos são o veneno a alma: intocáveis.
Oh amada minha, quão belos são os devaneios meus,
quem dera eu pudesse torna los eternos.
Teu despertar é doloroso amada Ninfa
foges de meus encantos no clarão dos dias,
castigas me tu, escondendo te,
mas o entardecer traz me o alento,
sei que voltarás aos meus braços.
Serás minha uma vez mais...
e no calor da paixão, cobertos em luz seremos um.....
Como se não houvesse mais amanhã,
lhe amarei intensamente,
lhe dedicarei meus melhores dias,
meu mais profundo amor....
Doces sonhos amada minha...

Autor: Anjo Negro


19 dezembro 2013


Lágimas de anjos
são gotas de chuva gélidas
que nos lavam a alma
enquanto caminhamos
algo doce me toca a tez,
é o vento que veio agraciar nos com sua
pureza
dando nos um beijo afável
gosto do cheiro doce da primavera,
encanta me a cada ano
e a beleza do outono
surpreende me
mesmo que eu viva
mais mil séculos
não esquecerei teus olhos
 observando o vazio ...

Autor: Anjo Negro



Sonho a Morfeu


Gosto de lembrar dos sonhos que tenho contigo,
Morfeu
parecem lúcidos, tão palpáveis
caminho a eles exasperada, e
num sopro, desaparecem...
Ora Morfeu, porque me castigas tanto?
Por vezes,pareces como o vento, real ilusório,
por outras como menino, doce brincalhão.
Sejas como em meus sonhos,venhas a mim,
traga me tuas doçuras,
dê me teu sorriso, clareie minhas noites com tua luz....
A ti dedicarei meus melhores dias
banharei me com orvalho fresco
deitarei me sob campos
afim de capturar o perfume das flores
o doce néctar da primavera
tão puro, inocente, afável.
Venhas a mim Morfeu e nos deitaremos juntos ao entardecer
cantaremos às estrelas
domaremos as tempestades
descobriremos o mundo.
Então beije me Morfeu
doce, louco,fervorosamente
e num deleitar dos dias meu querido amado
sonharei uma vez mais contigo...

Autor: Anjo Negro

17 dezembro 2013

Carta a Ninfa


Tenho estado a léguas me fundindo ao tempo
o vento tem me trazido teu perfume e as noites teu lindo rosto em memórias.
Tenho caminhado a tua procura, 
não a vejo, mas a sinto instintivamente. 
Anseio por voltar ao encontro teu, e a cada entardecer tê-la em meus braços
Tenho visitado lugares a tua espera,
visto campos e colinas,
enxergando teus olhos em meio a escuridão da noite
e teu lindo sorriso no clarão dos dias.
Me espere querida Ninfa
e enxugar-lhe-ei as lágrimas,
cobri-la-ei com meu calor nas noites frias
e lhe amarei até q se perca o tempo....

Autor: Anjo Negro


07 dezembro 2013

Dias sombrios

Tempestades

E no meio de tudo, onde os furacões se encontravam os tornados se colidiam e eu estava calmo.
Não havia motivo, não havia calma, não havia paz.
Mas eu estava um caos...
No caos reconheci a paz, as vezes penso que o que as coisas loucas testam os homens e aqueles que se mantiveram a calma se encontraram loucos no final.
Dias loucos servem pra isso penso eu.
                                                
A loucura cerca os loucos, atraímos isso penso eu.
Mas os meus pensamentos são loucos.
Os pensamentos de um louco.
Mas minha loucura e consciente se é que isso é possível, minha loucura e coerente.
Nunca vi um louco que não possuísse certa sanidade, ou são que não se questionasse se a loucura não fosse uma solução.

Os furacões passam, as tormentas tendem a ter um fim.
Mas mesmo assim os homens se perdem nas tempestades.

A sanidade se esvai como as horas dos dias, os dias continuam a terminar.  

   

Autor: william Junior

21 novembro 2013

visão das sombras

Visão das sombras

Não me julgue pelo que eu já fiz, você só viu o que eu deixei você ver.
Do outro lado do abismo eu também já estive lá eu sei bem a sombra que ele faz.
Mas se você esta na guerra matando ou não suas mãos também estão sujas de sangue, não importa de qual lado, sangue é sangue.

Se não te acusaram ainda, pode esperar porque julgar e fácil quando é você que esta sentado do lado certo da cadeira, mas na cadeia não tem lado certo não irmão, e sua mente também pode ser a sua prisão.

Já derrubarão reis com tinta e papel mas já vi muitos outros que tentaram e terminarão no banco dos réus, hoje aqui quem te condena sou eu, pelo que você nem fez mas se você parou pra ler estas linhas talvez já ate te condenarão pela conspiração dos reis.

O mundo hoje esta muito louco difícil de viver, sem pão ou hóstia sem sacristia ou paróquia, tenho medo dos políticos nem padres ou cristãos que ate tão pouco eram jogados nas fogueiras e hoje são tão bons piromantes.

Condenei os teus beijos de traição, hoje lhe estendo a mão com mesmo zelo.
Julguei meus julgadores mas só agora enquanto escrevo percebo que continuo no mesmo réu que há muito fui. Só passei a jogar o mesmo jogo que abandonei.
Aos poucos os velhos hábitos voltam, aos poucos os velhos joelhos também se dobram.

Autor: William Junior

29 outubro 2013

Dias frios

E o outono se encerra em meu coração.
Não há mais cores, e as flores já se desfazem.
O cinza que assola o meu jardim.
Os poemas de outra estação já não possuem sentido.

As borboletas não voam em meu jardim, somente passam.
Os beija-flores voam sem destino.
Da janela mais alta do casarão vejo destinos.
Ao longe soam os sinos da catedral me provando que o tempo continua a passar.
E as cortinas deste novo dia não tardam em se findar.

O vermelho vivo de uma única rosa se destaca.
O inverno sempre tão eterno não tardara em colhê-la, mas ainda que o faça a flor que resiste o vento representa esperança de uma primavera ainda inexistente.
Em dias frios a luz do sol e sempre tão mítica.
Em dias cinza a cor desafia o cético.

Mas o tempo passa.
As casas do tempo também podem ruir.
Em casas antigas o jardim toma o espaço e por fim invade as casas.
O fogo se extingue o frio te absorve, e por fim a morte se envolve, mas a vida que sempre é regente inerente dos fatos trás de volta aquele velho jardim.
As borboletas voltam, a cor também. Os pássaros que antes fugiam voltam sabendo bem seu destino, porque lá estavam quase esquecidos seus velhos ninhos.

                                                                                                Autor: William Junior