18 setembro 2014

Desperta-me


Me acorde Morfeu quando chegares,
beije-me a tez, sussurre, aninha-me .
Desperta-me para que eu veja tua graça sob o clarão da alta Lua;
lhe faça meu assim como sou tua.
Dê-me beijos Morfeu! Noite afora, dia adentro, até que se perca o tempo e tu não tenhas mais de partir...
Dê-me beijos, 
para que nos dias frios nos aqueçamos e de ti exale o desejo que escondes.
Aninha-te aqui nas noites tempestuosas e nos faremos um de dois apaixonados, pela vida e seus acasos, o tempo e suas traquinagens...
Beije-me tu Morfeu, abaixo das das estrelas, dos longos temporais, das tardes primaveris, nos outonos, invernos, verão...
Todos a tua graça e beleza, não escondamos pois o amor que temos,
 já que por sorte ou destino, 
unidos somos dois amantes...

Autor: Anjo Negro


25 agosto 2014


Não sei se minhas lágrimas lhe servem
ou se ao menos respondem às minhas fugas.
Perdoa-me se me seguei em atos, se me vendei de desculpas tolas e te esqueci no caminho.
Perdoa-me pelas vezes que corri de tuas palavras e que fingi não ver teu pranto,
que me irei contra ti por tolice minha.
Perdoa-me se ainda fujo, porém, é de vergonha, já que olhei para trás e vi o quanto perdi... Que quase o perdi...
Pergunto-me se ainda há tempo, de ver-te sorrir ao meu regresso, se ainda és meu lar, se ainda és meu colo..
 Perdoa-me Pai, perdoa-me!
E em minhas tortas linhas lhe digo que te amo!


Autor: Anjo Negro



28 julho 2014

Resposta à Morfeu


Perdoe-me senhor por não dizer-te a clara voz o quanto lhe estimo,
digo, o quanto lhe apreço...
Justifico-me pois que na altura doce do teu olhar me fogem as palavras...
Perdoe-me se não lhe canto liras,
mas por ti as prendo humildemente em papel e verso,
tecendo pois a ti nas entrelinhas de tantas trovas.
Devaneios à madrugada (...)
Tantas foram aquelas em que tu me cantava prosas,
enquanto eu, as deleitara e pouco notara a tua tão surreal sutileza
de amar-me no silencio de teu próprio peito
enquanto nos cativávamos a poucos passos.

Autor: Anjo Negro



09 julho 2014

Carta a ninfa...

Vejo em teus olhos palavras minhas que não disse.

Teu sorriso refletido em estrelas que um dia sonhei em tocar; pobres mortais!  Sonham como se o mundo fosse eterno ou como se a vida não fosse mais que um sopro; Mas de que vale viver se não formos felizes? Esta... Que encontrei em meio aos bosques  de uma mente que lutava sem forças para viver trouxe para mim um raio de luz. Para aqueles que se habituaram a escuridão não mais natural do que tentar fugir.

Perdoa-me Ninfa, deveria eu tido mais coragem e me lançado a ti assim que a vi... ou prestado mais atenção aos teus sinais, sorrido mais aos teus encantos. Mas hoje sei o que em outrora não sabia... que a vida pode ter mais graça e sabor, que as palavras não são esquecidas nem que os gestos passam despercebidos, que não a outro lar se não onde queremos estar. Hoje sei o sabor de teus lábios e o anseio do regresso.

Linda, mulher, ninfa, Vênus, inspiração, amor...

Mero vislumbre de ti, as palavras me escapam e eu fico apenas a te olhar...

O que posso dizer? Prometeria a Lua a ti se a quisesse... todas as estrelas do mar... ou todo o mar... Entreguei a ti meu mundo. Mundo este que me habituei a viver só, talvez por isso ele tenha tantas imperfeições. Tantas falhas... Muda de lugar meu mundo, Ninfa; se não houver a necessidade; venha, me abrace pois hoje encontrei o meu mundo, em teus braços. 


autor: William Junior 

26 junho 2014

À Morfeu, o Poeta


Afogo-me em saudades,
naqueles dias frios, procuro-te naqueles versos
em cada palavra mergulho,
encontro teu olhar, teu abraço, teu beijo...
Uma lira? Tua voz ecoando em minha mente contando casos.
Acasos unem semelhantes de forma surpreendente!
Eu não vejo prosa ou verso mais belo que aqueles que li
decifrando tua alma naquelas noites em que teu corpo cobria o meu...
Não sei dizer se tu vistes, mas fomos um na forma doce e singular de dois amantes.
Amar-te, querer-te...
Impossível não ler nas entrelinhas de teus contos meu nome escrito.
Culpe o medo por cegar-me àquele tempo...
Agradeço a vida por trazer-me até ti,
também ao Tempo: tão singular e mítico, e suas artimanhas: indecifráveis...
Ele te trouxe a mim naquela tarde.
Linda tarde...! Noites...
E em tantas, nós fomos Ninfa e Morfeu..


Autor: Anjo Negro





08 junho 2014

Perdão


Perdoe-me se sou a causa de tua dor.
Perdoe-me se sou o motivo de suas lágrimas.
Perdoe-me por esse recíproco, porém, mal resolvido amor.
Perdoe-me pois não posso permitir que os seus braços ainda me envolvam,que teus lábios me toquem,que seu corpo se comprima ao meu.
O tempo nos dirá aonde estamos e o que faremos
Agora nem eu mesma sei aonde vamos...
Porque vamos...
Podes me dizer?
Também estou eu, tão perdida quanto você...
Perdoe-me mas não posso ficar apesar de não ter para onde voltar, não é mais aqui o meu lugar.
Talvez, outrora, nos encontremos numa dessas voltas que a vida dá.



Autores: Anjo Negro e Cida Baêta




26 maio 2014

Tumulo Frio


Jaz em túmulo frio
Mas acredito que já morrestes antes de descer a sepultura,
Já que a Morte lhe beijara antes que de ti partisse a vida.
A dor lhe devorou o âmago enquanto teu espírito vagava.
Aonde fostes? Perdeu-se na própria escuridão...
Casca vazia anda teu corpo só, inerte pelas vielas pérfidas do mundo.
Triste andou por tortuosos caminhos, seguiu por onde nem mesmo imaginava que houvesse estrada.
Será que ao menos encontraste alívio? 
Pobre ser destruído pelo vazio do tempo, pobre ser abandonado pelo acaso da vida...(descaso?)
Guardado por terra serena és agora corpo ressequido
os vermes se fartaram  de tua carne e os homens devoraram teu coração.
Aonde estás agora? Alcançastes alivio?
Que descanse em paz até nosso encontro futuro...

Autor: Anjo Negro



21 maio 2014

Sacia-me



Sacie meus desejos
Ouça a voz de quem lhe diz 



Há outros amores porta a fora 
Que podem me fazer feliz

Outros cheiros, toques, sabores.
Tu que tens os meus, Sacia-me dos teus.

Supra-me de seus amores
Para que meu espírito voraz 
Não venha a desejar
Um outro amor sagaz

Meu coração leviano 
Precisa ser cativado 

Meu coração tirano
Tem que ser reverenciado

Meu coração carente 
Deve ser afagado

Ou ele buscara em outros 
O que de ti tem esperado

Autores: Cida Baêta e Anjo Negro




20 maio 2014

Carta ao Poeta ||


Toques meu âmago, não somente minha pele.
Veja minha alma por detrás de meus escuros olhos.
Sinta a paixão inocente escondida em meus beijos.
Doce é a vida quando a enxerga por além das entrelinhas...
Meus desejos, meus sonhos, meus contos: tolos, tão tolos, tão verdadeiros.
Sinta no vento o perfume das flores distantes, dos campos em que dançamos outrora
Alegres, vivos, nus de conceitos, trajados de nós mesmos.
Quando deitados, observávamos a Lua e seus reflexos 
espalhados em minúsculos pontos, num céu belo dentro do teu olhar,
na pureza dum carinho 
de amores tortos e perfeitos...


Autor: Anjo Negro



19 maio 2014

Amor Animi ||


Vejo que não compreendes quando digo que o entardecer refletido em teus olhos é divino...
Por onde andas linda criatura que não vens de encontro a mim?
Estive aqui todo o tempo esperando por tua vinda, nosso Éden é tão vazio sem a tua presença...
 Pergunto-me onde está o Paraíso afinal?


Vejo-te na escura noite onde sempre me prometestes que estarias. Eu trocaria a eternidade por tê-la todos os dias.

Diga-me, que mal há em ama-la loucamente bela criatura?
De mim já se fugiu a sanidade, estás em meus pensamentos, parte tua corre em minhas veias incessantemente...

Por quanto tempo me torturarás? Sabes bem que sou teu, que te desejo.
Não vejo amor em outras línguas, nem mesmo prazer em outros corpos.
Apenas tu és minha morada, meu refúgio, meu adormecer tranquilo.
Voltes ao nosso lar, viveremos outros tempos, nossos tempos!


Autor: Anjo Negro