09 junho 2025

Aihpos

 Talvez...?


Não!


Me enganei,

em verdade,

me vi como Ícaro, e despenquei dos céus.


Ainda me pergunto por que me importo?

É só mais uma perda.


Enxergo mil coisas e ainda assim não sei descrevê-las.

Aonde devo ir?


Perdão, nobre senhora,

talvez tenha sido eu,

demasiado vão.

Acreditei na doçura do saber que de fato, é,

tão doce quanto é fel.


Seria eu, adúltera,

merecedora das pedras ou és tu,

implacável algoz?


Nada se conecta, não é?


O mundo gira, os dias passam,

e ainda me embriago com palavras abstratas e dançantes.


Perdão!


Me silenciarei,

antes que insulte (vossa) Sophia.


T. Alves




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