Era apenas uma criança,
Quando precisou
calçar seus sapatos de adulto e correr
Acreditava ter
desabrochado, ledo engano,
Ainda não havia
crescido.
Era apenas uma
criança,
Quando assistiu a
escuridão encobrir seus dias
Mal via as estrelas
e esperava enxergá-las de novo.
Ainda era uma
criança,
Quando se perdeu nos
dias.
Estes, quando
enevoados, assistia à luzes turvas,
Não sabia dizer se
eram lâmpadas ou ilusões.
Ainda sendo criança,
foi vexada.
Comprimiu sua dor em
uma caixa, guardou-a na superfície,
fechou-se no fundo
de um poço e cavou.
Já não era mais
criança, e estava sozinha.
Caminhe, criança,
caminhe, pensava consigo.
Ainda veremos um
belo dia.
T. Alves