quarta-feira, 10 de abril de 2024

A voz do Papa

Porquê me olhas? Não lhe reconheço.

Se deságuas, Imperatriz, não me importo.

Vendado viajo mil léguas, e a outras mil retorno.

Ao início, estagnado

Quem serías tú? Porquê me anseias? Por quê jubila-se perante mim?

Afasta-te, cão, injuriado demônio!

Pois teu cerne não me cabe.

Aos meus devaneios me entrego.

A ti? Que se perca no vazio.


As cobras sempre mordem no mesmo lugar.



T. Alves




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