terça-feira, 22 de outubro de 2013

Estradas noturnas

Eu que tão só fugiria pra mais longe, a rua me chama e as amarras que me mantém no lugar caem uma a uma e a cada tempo que passa me pergunto o porque eu me mantenho aqui.
As correntes que me prendem já não são mais capazes de me segurar, as sombras que se arrastão a minha volta não me assustam mais, minha mala que nunca desfeita parece mais leve hoje do que jamais esteve, e seria isso bom ou ruim?
Já me chamarão de louco e de andarilho; como posso eu ser andarilho se estou aqui parado, no mesmo lugar fazendo aquilo de que não gosto.
O relógio zomba de min ao me mostrar quanto já perdi, o calendário com tantas folhas de que não mais preciso usar me mostra que mais um outono não tarda a se encerrar e o frio se aproxima e se encerra o ciclo se reinicia e eu que tanto prometi para novos verões menti pra min e pra outros, e continuo no mesmo lugar.
A caminhada e longa para aqueles que caminham.
A caminhada e longa para aqueles que seguem a estrada em seu curso, para todos os outros, e apenas mais uma estrada...
Sei que  não e esse o meu lugar antes eu tinha desculpas hoje eu tenho cada vez mais motivos, não tenho utilidade parado, e sinto que minha mente se deteriora com o tempo.
O novo já é tão velho, as pessoas não são mais as mesmas porque eu mudei, e quando mudamos o velho se torna novo; ou ultrapassado.
Mas as descobertas são inevitáveis.



 

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