As mais variadas palavras que enchiam o dicionário, nada diziam pra ele.
Palavras que quando todas juntas em seus pensamentos só o lembravam que não justificariam suas ações, não seriam palpáveis o bastante para redimir o que seria feito.
Não haveria mortes, não físicas. Não haveria dor. Na verdade; não haveria nada para ser dito. As palavras que tanto presa de nada o servem. Estas que para ti tudo representam para outros não justificaria o ato.
Carrasco tirano açoita o pobre, tão inocente que nada fez de mal.
O suor que escorre de seu rosto cansado não o redime do primeiro pecado.
Porcos em seus chiqueiros, sempre chiques. Saboreiam de suas bolotas de marcas tão caras.
De sol a sol tantas horas por dia que, dia não quer dizer nada; noite tão pouco.
Descanso a quem se tu morreras. Sedento de sonhos, carente de ambições.
Parasitas se alimentam de teu corpo se este for forte o bastante. Se não que seu cérebro nos sirva, se nada tiveres; que morra, algum outro nos servira.
Se não for forte o bastante não se preocupe a natureza se ocupara de ti e ai terá alguma serventia; tolo uso este que a natureza nos trás... Destrua também. Traga-nos algo que possa ser visto como um verdadeiro bem.
De que me vale sangue? Ouro é tão mais precioso; se este está manchado de sangue, bem, tudo bem.
De que me vale teu descanso? Este digo que de nada me vale, mas se quiser pago a você algo com sabor doce, que é apenas um sabor.
Destrua tudo. A natureza que pague pelo erro de permitir nascer ser tão vil, que não compreende o valor da vida e de seu semelhante.
autor: William Junior
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