10 março 2015

Passa Tempo


Março já chegou; tão cedo esse ano!

Como ontem me lembro de abril... Poxa! Já faz um ano.

Que ano esse, as brisas do outono já agitam a janela. E eu que ainda espero de longa data as chuvas de verão.

Eu que sorri e chorei. Eu que penosamente à vi chorar. Abril já me laça o dedo em uma promessa que antecipei em fazer.

Que os anos nos sejam promissores.
Somos frutos do verão e o inverno vem vindo, ainda temos de aprender; a viver.
Mas os bons frutos, não tardam em florecer.

Nesta nossa história, eu sei; que ainda há muitos e muitos dias para se viver.
       

             Autor: William Júnior

03 março 2015

Interlúdio

Clama aos céus tempo a ordinária maestrina. Senhora dos dias...
Purgatório de minha alma...
Espurga as chamas da ira, acalenta a dor.

Os dias gigantes que se seguem findarão ao nascer de novos tempos.

Marcos poéticos são interlúdios, pequenas pausas para o café.

Livros da morte contam suas próprias histórias, eu em retrocesso falo de tempos de vida; não os quê vejo. Os que sonho.

Maestria divina em perfeita regência, orquestrando planos confabulosos entre astros reis dos quais nada tenho haver.

Assisto como espectador forçado a me sentar na primeira cadeira de minha própria vida.
Atuando apenas; em interlúdios, do tempo, do vento.
Calmamente me levanto, me espreguiço e de novo me acento.

..."O show não é meu"...
                         
Autor: William Júnior

Cotidiano

Acordei cedo e olhei para ti.
Meu cérebro desacostumado pensou em sorrir.
Me lembrei que já era sábado; fiquei desanimado.
Tinha de sair.
Fui trabalhar e ouvi... Uma de nossas músicas tocava no rádio.
Não me contive, sorri.
Cheguei ao trabalho e vi, uma multidão a me esperar.
Fechei meu semblante não há nada, para  quê olhar?
Voltei ao fone, talvez ele possa me animar.
Não tem voz Brasil.
A assim ninguém resiste, acabei de lembrar que hoje não tem Graffite.
Que vontade de partir, fugir; olhei pro relógio,
faltam horas pra sair daqui.

Autor: William Júnior

Acaso Poético

Cético ao universo, com ele converso:
..."-quais foram os dias em que nunca me esquecerei?
Fala de mim como se eu não estivesse mais aqui. Minha existência mesmo passageira deveria ser lembrada.
-Quem és tu pequena criatura? Tantos já viveram e tantos pereceram. O que tens de especial? Nesta terra que habitas, feras caminharam com o dobro, o triplo de seu tamanho e hoje nada representam além de uma marca nos tecidos do tempo.
-Qual o sentido da vida no meio disso tudo? Os amores?
-Não, as lágrimas.
Choraste ao nascer, verteram de ti lágrimas de alegria e de dor, de ódio e de amor, a cada perca, a cada partida, a cada regresso, aprendeu com as lágrimas silenciosas e as balbuciadas aquilo que as palavras não foram capazes de ensinar.
- Então é isso! Vivemos e pronto? E ponto? Somos o acaso vivo? Tecido e escrito, sem propósito. De que me serve? Pra quê tanta busca?
- Se vive, é capaz de criar, tudo, em determinado ponto tem um fim, mas se fores capaz de alterar teu próprio ser. Mudará também teu mundo; e se o fizeres talvez seja lembrado. Talvez tu seja amado. Talvez... Tua pequena existência mortal e terrena, efêmera e ímpar não seja esquecida e no momento de tua morte lhe ocorra que teve uma vida bem vivida"...

Autor: William Júnior

26 fevereiro 2015

Árido

Árido
Seco como areia, deserto em construção.
Corações aos saltos, dispersos de emoção.
Sim senhor, não senhor, educação fria extinto contido hierarquia dissimulada. 
Meu sorriso frio não prova nada.
Tão seco como as areias do mais morto deserto meu coração indigesto, que nele planto rosas para velo florescer.
E que na irônica vida o deixei livre para você; o faças como queira.
Viva ou deixe morrer.


Autor : William Junior

24 fevereiro 2015

Começo do fim

Essa nossa diferença
Já não faz nenhum sentido
Melhor do que nos machucar
É voltar as nos olharmos
Com aquele olhar de amigo.
Se é no que acreditas de alguma forma há razão,
ouvi um dia que o amor não morre apenas se transforma.
Mas não acredito na forma
Acho que nem há mais conteúdo
Queria explorar um novo mundo
Em que pudesse ter-te a minha frente
Sem ter que ouvir teus absurdos.
Me calaria se conviesse, até mudaria o discurso mas vá atrás de teu sonho corra em busca do mundo.

Autor: Anderson Shon e Anjo Negro

18 fevereiro 2015

Ao sonho

Bem vindo, me leve a lugares onde nunca fui e me traga aqueles que não posso ter.

Eis me aqui, ferramenta que sou, te levo em vôo completo a um mundo incrível.

Onde iremos? Há mundo além deste que me sufoca?

A imaginação dará o limite, tudo é possível.

Limites... Possibilidades.... Quem serei em um vasto mundo desconhecido?

Como disse jovem, o limite é infinito. Podes produzir tudo ao inverso do que vive.

Me digas tu, que levas homens e seres ao teu universo. Tu sonhas? Ou vive de sonhos?

Me alimento da esperança, vivo do amor.  E tenho um inimigo que se chama pesadelo.

Pensei que fossem um só. Que de mesma carne partilhassem. Como o bem e o mal dentro dos homens.

Percebo que desconhece o cerne humano, o bem e mal são dois lobos, sobrevivendo o que é mais alimentado.

Desconheço então tal analogia. E não é por saber da vida que lhe chamei.

Sinto te dizer, a vida te ensinará mais do que eu, mas em meu regalo te darei descanso.

Que por fim sejas...

Então apenas deite e adormeça.

Autores: Anjo Negro e Cleiton C.C.

12 fevereiro 2015

Ao sonho...

Eu quis banhar-me em ti, no teu suor para que me aquececes naquela noite fria. Teus beijos acalorados e teu corpo sobre mim. 
Loucura... seria mentir sobre como vejo teus olhos naquela escura imensidão.
Como posso despir-me de pudor de tal modo a nos saciar?
Não é só carne nem só calor, desejo de alma e coração em fogo.
Unirmos a nós também em presença para que sejamos enfim um amor completo.

Autor : Anjo Negro

10 fevereiro 2015

Aceitação?

Estou meio emputecido com o ser humano.

Porque senhor?

Falta de compaixão humana.

Me parece que o coração do homem tem nascido enegrecido. Ou talvez por ventura sua alma se corrompa ao longo da vida

A segunda opção...

Sim, continue. No que acreditas?

Ego, poder...

E o que tem movido a ti? A nós?
Diga me por quê tanto desejo? O que querem afinal?

Nada justificavel, ficam cegos e pisam, humilham aqueles que se subordinam a eles.
Tenho vontade de chorar, sou muito sensível, só consigo escrever depois que conseguir vencer essa angústia.

Homens são subordinados de si mesmos; de seus desejos estúpidos são escravos.
Cure tua angústia. Mas não se esqueça, há salvação para toda alma que não se corrompe.

Eu sei disso, a minha dor é por ver o sofrimento dos pisados, que são ingênuos na maioria das vezes.

Acredito que ninguém é ingênuo.  Apenas tem medo. O pior da alma é
o medo e a maldade. Almas corrompidas caçam almas amedrontadas. Só o medo te impede de viver.

Autores: Cleiton C.C e Anjo Negro

08 fevereiro 2015

Lágrimas de Silêncio

Quando nasceu não foi amada. Quando chorou só foi alimentada para não morrer. Logo cedo entendeu que a vida não é para os fracos, e decidiu achar uma forma de viver. Não conhecia o jeito certo.
Mas quem conhece o certo quando cresce no inferno?
Tão nova e não conhece o que é infância mas no seu ventre hoje já cresce o que ela chama de esperança.
Na TV vê lares contados em histórias, sonha com o dia em que terá também o seu. Seria possível tal criatura desgraçada ver no amanhecer felicidade mesmo que para o amor que cresce em si?
Deixou para trás o seu passado doloroso, sonhos e planos surgiram, ser finalmente o que sempre quis ter, transformando toda a dor em vontade de viver, imaginar na semente plantada, na terra que fora desprezada os frutos do amanhã colher,  e eis que a vida se fez bonita no seu sonho. Uma brincadeira de boneca, casinha e cuidados, roupinhas e compromisso,  só que nada de faz de conta, o Amor é pra valer.

Autores : William Junior, Anjo Negro e Cleiton C.C.