quarta-feira, 9 de abril de 2014

Canto a Ninfa


Tão belo e doce ser das florestas aonde fostes com meu coração?
Por que o roubastes de tal forma?
Tua beleza me segou as vistas, pois vejo-te em todos os rostos...
Teu olhar divino como o amanhecer, aquelas cores (lindas cores...) como poderei sequer esquecê-las?
Ainda posso sentir teu cheiro, aquele nos dias frios e chuvosos quando tu se aninhavas em meus braços...
Oh Tempo! Porque não voltas para que eu possa senti-la novamente? Porque me castigas?
Por favor traga-me aquela boca, traga-me aqueles olhos, para que eu diga a ela que a quero, que a amo, que minhas liras ainda são em teu nome e que tua voz ainda ecoa em minha mórbida mente.
És tu o pecado de minha carne!
Ser-me-ei julgado por meu erro de amar-te que seja, pois não há vida que valha sem que estejas ao meu lado, nem mundo algum que caiba a dor de perder-te.
Tempo! Tempo! Tempo!
Quando ouvirás minhas súplicas?
Peço ao vento que as leve aos teus ouvidos, que ouças e que voltes.
Esperar-te-ei naqueles montes acima das nuvens.
Mesmo que se findam as eras, ainda estarei a aguardar-te.
Doce luz dos meus olhos, ilumine este meu caminho obscuro.

Autor: Anjo Negro





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