quinta-feira, 3 de abril de 2014

Carta ao Poeta


Homem só, sentado está no topo dum monte
ali ele encontrou a paz, o conforto da mente.

Vejo-te de longe, penso eu: aonde estás?

Teu corpo à minha frente,
tua mente à deriva num mar de sonhos.
Achaste o que procuras?

Mancebo pensador, trovador de devaneios
caneta e papel são as armas que possui.
Teus olhos vêem as maravilhas ocultas no mundo,
a vida da forma maravilhosa que é.

Mostrei-me a ti nua e teu olhos como faíscas acesas
iluminaram aquele caminho obscuro.
Como podes me enxergar naquele vazio?
Tens um dom divino...
Deleite-me com tuas liras, entoe-me tuas canções.

És a joia rara neste deserto de pedras!

Conte-me teus sonhos,
mostre-me tu a essência que escondes.
Doce mancebo o que temes?

Se desejas, serei os ouvidos para que cante,
os olhos para que escrevas,
o caminho para que andes além...

Tu que vês o inferno e o céu dentro dos homens 
(dom ou maldição?)
Diga-me o que vês em mim?

Homem só, sentado ao topo do monte
teu efúgio sereno e silencioso,
espírito de poeta,decifrador de almas.
Diga-me quem és tu?


Autor: Anjo Negro



Nenhum comentário:

Postar um comentário